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Beatriz Bisterço

Atuação da Terapia Ocupacional no transtorno do espectro autista (TEA)

O transtorno do espectro autista (TEA) tem sido muito explorado nos últimos anos. Hoje os familiares têm acesso a informações com maior facilidade, porém, garantir um possível acesso a informação não significa que ela seja eficiente em se fazer entender.

Na prática clínica observo que as famílias das crianças, que ainda são o maior público de pessoas com TEA em reabilitação, na maioria das vezes, chegam com medo, negação, desespero e pouco ou nenhum conhecimento do que realmente se trata a vida de uma pessoa com autismo e como proceder.

Não raras vezes as mães choram na sala da Terapia Ocupacional (T.O.), buscando um conforto nas palavras de explicação do que está acontecendo com seu filho. Felizmente estamos em uma boa fase de parcerias entre neurologistas e terapeutas ocupacionais, o que nos favorece uma intervenção precoce e eficiente.

A pergunta que sempre fica no ar é: "pais vocês sabem o que faz um terapeuta ocupacional?" E a resposta, na grande maioria das vezes, é "não doutora, viemos porque o médico disse que você pode ajudar". Gostaria de te trazer em algumas palavras o porquê buscar a T.O. para auxiliar o seu filho, sobrinho, neto ou criança próxima que está em investigação de diagnóstico ou já diagnosticada com TEA.

O objetivo geral da T.O. sempre será qualidade de vida e a busca por habilidades e capacidades, sendo elas:

-       Habilidade motora fina para comer, escovar os dentes, vestir a roupa, amarrar o cadarço, escrever, entre outros;

-       Brincar com função que favorece o desempenho quando adulto;

-       Habilidade de socialização com troca interpessoal e comunicação que seja funcional (muito mais do que falar, é importante se fazer entender);

-       Coordenação motora global com compreensão do seu corpo em relação ao espaço, habilidade essa necessária para colocar a roupa adequadamente, andar na rua com autonomia sem se perder, possivelmente desenvolver a habilidade de andar de ônibus, entre outras;

-       Orientação e noção corporal que auxilia para o desfralde e/ou uso adequado do banheiro, banho com autonomia, entre outros.

Os objetivos trabalhados por um terapeuta ocupacional são determinados sempre após uma avaliação e de acordo com a necessidade de cada um. Se você conhece um autista com diagnóstico ou em investigação, procure um terapeuta ocupacional.

 


Por: Beatriz Bisterço – Terapeuta Ocupacional.

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